Este projeto de doutorado teve como objetivo analisar as práticas de promoção da saúde desenvolvidas pelos movimentos feministas em busca de alternativas para viver sem violência no Brasil. O objetivo principal do projeto foi compreender as Casas Abrigo enquanto espaço de promoção da saúde através das articulações para a implementação deste equipamento.
Orientador: Prof. Titular Raul Borges Guimarães
Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES- 88887.495129/2020-00).
O objetivo desta pesquisa foi compreender a saúde produzida, vivida e sonhada pelo campesinato através da interseccionalidade da luta sulamericana pela terra e pela água, dentro do contraespaço da Via Campesina. Para isso, a pesquisa partiu da compreensão de que o espaço atual é produzido pelo tensionamento do sistema patriarcal-capitalista-racista, e que este é triplamente perverso com as mulheres provenientes de países que contém a formação socioespacial em bases escravocratas. Sendo assim, a pesquisa partiu das análises comparadas das falas e memórias das pessoas que compunham o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado da Paraíba (Brasil) e na Unión de los trabajadores Rurales Sien Tierra (UST-MNCI) na província de Mendoza (Argentina). No Brasil foram ouvidos e transcritos 7 relatos de militantes do MST-PB, sendo 5 mulheres e 2 homens, já na Argentina participaram 8 pessoas, sendo 7 mulheres e 1 homem, militantes da UST. A partir da expressiva presença de mulheres, a pesquisa revelou a necessidade de evidenciar as práticas de promoção da saúde decoloniais femininas e feministas que são construídas nos dois movimentos, através das suas relações em redes. Portanto, os resultados da pesquisa, revelaram que o Feminismo Camponês e Popular é um dos elementos principais dos constraespaços do campesinato que promove a saúde.
Orientador: Raul Borges Guimarães
Fomento: Fundação do Amparo a pesquisa do Estado de São Paulo (17/07058-5 ).
O presente projeto de pesquisa surgiu da necessidade de estudos a respeito da situação de saúde e do uso dos serviços de saúde públicos por parte das pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) no Brasil. Essa síndrome tem gerado intenso debate no campo clínico sobre a dificuldade de diagnóstico e de terapêutica. O projeto visa contribuir, do ponto de vista da geografia da saúde, para a discussão a respeito do campo do direito social e da apropriação das cidades pelos sujeitos sociais. Para isto, duas categorias analíticas são fundamentais para a compreensão do tema: a acessibilidade e a mobilidade urbana, do ponto de vista das pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica, que residem nas cidades brasileiras. No presente projeto, nos interessa conhecer aqueles que participam de lutas que envolvem a garantia de acesso aos serviços de saúde e de mobilidade urbana, como ocorre hoje no Brasil com pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica. Por meio de entrevistas com ativistas envolvidos na organização da ABRELA (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica), assim como moradores da região da Alta Paulista portadores da ELA e seus cuidadores (membros da família e outras pessoas que participam da vida cotidiana desses pacientes), buscaremos compreender as necessidades e conquistas dessas pessoas na equiparação de oportunidades em todos os estágios da vida. Do ponto de vista da iniciação científica, torna-se fundamental a formação da estudante de geografia interessada no tema, o que envolve o aprendizado de conceitos de geografia humana, em especial da geografia da saúde, assim como procedimentos da pesquisa qualitativa.
Orientador: Raul Borges Guimarães
Fomento: Fundação do Amparo a pesquisa do Estado de São Paulo (14/05095-2).